Death Metal Awesome !!!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
ESTÃO ACABANDO AS FICHAS ... "QUEM" VAI SER O PROXIMO ALVO DA AMERICA!!!?
...Finalizando mais um ano, pô massa, quero ver mesmo a cara desse proximo ano que chega pra renovar a alma de qualquer forma... de "prima" kero agradecer a todas as pessoas em geral, que acompanham esse blog de merda (heehehe)... agradecer a todos mermo, acho muito massa e gratificante quando alguem chega a mim de alguma forma que seja, MSN, EMAIL e ate pessoalmente, e diz q e se identifica com alguma coisa que escrevo... por isso vou continuar com essa bagaça aki, foda que daqui pra frente vou ficar sem muito tempo pra atualizações and again .. and again... Como essa é minha ultima postagem do ano, "vou curtir uma praiazinha até dia 2"... "PQ EU SOU JOVEM NÉ!!!" (hehehe) ... então, mais uma vez quero agradecer a todos e desejar um ano novo de muitas conquistas pra todos...
5 coisas que vc deve "tentar" fazer neste fim de ano...
01. comprar a maior quantidade de cerveja (heineken) q vc puder esses dias (não deixe pra comprar isso nos ultimos dias do ano, pois vai ser foda!!! )
02. selecionar em um "DVD" tudo que vc quer escutar, e levar pra onde vc for, ou se não for pra algum canto neste fim de ano tb faça isso ... pq não tem coisa melhor que escutar um somzinho q vc gosta bebendo com amigos...
03. levar ENGOVE.... CHÁ DE BOLDO...
04. comprar um presente bem massa pra sua sogra, e fazer ela entender q sua filha está em boas mãos (hehehehe) esse tempo todo q ela vai passar fora de casa... hehehehe
05. está ao lado de quem te faz bem e se sente bem.... "bebendo de preferência né !!!"
Postado ao som de throwdown- the scythe
UM GRANDE ABRAÇO A TODOS E FELIZ 2010 !!!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
OSBOLETO.... DESARTAVEL........
Não é tão facil assim como agente quer que seja...
Nossos rumos são traçados a cada segundo vivido...
E não temos como se esconder da verdade.
O por do sol é constante, e não nos damos conta nenhuma da rapidez que isso passa...
Não nos damos conta de quanto um sorriso só, nos dá forças para lutar.
As correntes de "Valores" e "Respeito" estão quebradas já a muito tempo...
Esse casulo de "orgulho" tem que ser destruido e revisto como uma unidade só...
Deixar-se levar pela vida é um erro irremediavel...Então , me dê uma oportunidade só de segurar na sua mão e tentar te mostrar o pouco que sei sobre "querer bem" e ser feliz, sem precisar de mutação nenhuma, sem precisar se enganar, porque um sentimento de carinho e cuidado ainda fala mais alto em alguem...
A.E.C.S.
noise...:
stone the crow - DOWN
http://www.youtube.com/watch?v=FBLbrJxGtro
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
RAW NOISE: SCUM WILL RISE TO THE TOP - 2009
download
http://www.mediafire.com/?zgywjiurldm
Essas coisas so saem no fim de ano mermo... puta q pariu... em mais um EP, o raw noise faz agente se aperriar mais ainda qdo lanca alguma coisa, que na maioria das vezes "tipo" todas a vezes... ehehe são de lascar.. desde o play " the terror continues" q a destruição foi decretada e essa maquina de fazer crust/core vem sem alizar nada.. Dean Jones mais "hébrio" do que nunca ... ehehehe
uma pena q são so 4 sons... q faz vc voltar o album umas 40 vezes... destaque pra faixa PAIN AND GAIN.. q é extreme noise .. puroooo... de arrombar.... e não sabia q esse carinha q tocar bateria no album é mesmo q gravou o retro-bution... poisé .. finalizando esse ano "tosco" com um lancamento "tosco" e brutal... cheeerrssssssssss
http://www.mediafire.com/?zgywjiurldm
Essas coisas so saem no fim de ano mermo... puta q pariu... em mais um EP, o raw noise faz agente se aperriar mais ainda qdo lanca alguma coisa, que na maioria das vezes "tipo" todas a vezes... ehehe são de lascar.. desde o play " the terror continues" q a destruição foi decretada e essa maquina de fazer crust/core vem sem alizar nada.. Dean Jones mais "hébrio" do que nunca ... ehehehe
uma pena q são so 4 sons... q faz vc voltar o album umas 40 vezes... destaque pra faixa PAIN AND GAIN.. q é extreme noise .. puroooo... de arrombar.... e não sabia q esse carinha q tocar bateria no album é mesmo q gravou o retro-bution... poisé .. finalizando esse ano "tosco" com um lancamento "tosco" e brutal... cheeerrssssssssss
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
ARRANCAR MASCARAS... ABANDONAR PAPEIS...
Eu não podia imaginar as coisas que me aconteceriam, o início foi incerto, confuso e incomum, onde todos os estranhos fariam parte da minha vida, onde todos os cantos teriam histórias escondidas. Aqui passei os melhores anos de minha vida, fiz amigos, muitos dos quais, me acompanharão para sempre. Por isso tenho que comemorar!
Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já passei. Sem dúvida, muitas tristezas e conflitos mas, felizmente, por inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade.
Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos aqui.
Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já passei. Sem dúvida, muitas tristezas e conflitos mas, felizmente, por inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade.
Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos aqui.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
VALEU CAVERNA....ANDAS CAGANDO Q TAMO TE ESPERANDO!!!!
"hoje era pra ser um dia triste" ... como disse ele mesmo....
Faz pouquinho tempo q conheci esse cara... e parece até q agente ja se conhece a tempos... de personalidade forte e intrigante, muito parecido comigo em muitas coisas como em muitos sentimentos... verdadeiro e respeitador... foda q hoje to escrevendo isso meio como uma despedida, mais ja ate conversamos muito sobre isso tudo... realmente agente as vezes se cansa de algumas rotinas e bate uma loucura iminente dentro de nós mesmo... então o momento é .. de não conter isso e arriscar mesmo... sem medo de ser feliz...
Então é por isso q hoje posto sobre esse caboco q faz as pessoas se sentirem muito bem qdo esta ao seu lado... e do fundo do meu coração meu brother q tudo dê certo nessa sua "empreitada"... sei q vai ficar puto qdo disser isso mais " qdo vc voltar ou ser chegar a voltar" hehehehe..estamos aki pra curtitmos juntos com nossas "brejas sagradas" e rimos mais e mais....
valeu "CAVERNA" q tudo dê certo e curta muito por nós !!!
essa musica é pra vc meu fi...
BIGINNING OF THE END - UGANDA
domingo, 13 de dezembro de 2009
13/12/2009 - UM LEVE SUSPIRO....
Trabalho na area de saude, e ja fazia 1 mês q acompanhava um camaradinha q sofria de cancer no ezofago... o nome dele é "gabriel" uma pessoazinha muito meiga e inteligente pra caramba... no primeiro contato q tive com sua familia, não foi muito amistosa . . . foda , pois a familia estava muito abalada com tudo akilo estava acontecendo, e isso sempre deixa q todos fiquem sem seus sensos de cordialismo e muito estressados. minha parte nisso tudo é so colher alguns de seus exames de rotina(sangue) e processo todo o resultado depois... certo dia recebi uma noticia q ele estava muito mal na UTI do hospital em q trabalho, fikei de cara, pois a dias q ele andava bem, seus exames tinham dado uma evoluida bastante significante e sempre sua familia me procurava pra saber de algo, e nisso tudo criei um vinculo muito massa entre eles... ja fazia dois domingos q eu ia na casa dele so pra dar um tepinho e visitar... as vezes agente jogava um game e eu bebia "ovomaltine" q ate nem posso tomar essas porras!!hehehe... as vezes ficavamos conversando besteiras sobre desenhos e sonhos q ele tinha... achava isso muito massa e recompensador, e para ele deveria ser muito bom tambem...
Ja na UTI ele ja estava entubado e rodeado de aparelhos q rastreia sua evolução corporal, ja não havia mais aquele rosto de criança ali mais.. era so mais um enfermo como outro0s naquela sala, dona Katia q é mãe dele sempre me perguntava se tinha como fazer algo pra reverter akilo, mais como posso ajudar... se nem medicos e auxiliares falavam nada pra propia familia, gabriel ainda passou 3 dias na UTI e no terceiro dia foi para o centro cirugico pra tentar retirar o carcinoma, mais desta feita sua resistencia pòs-operatoria seria minima... mais tentanram deseperadamente...
Então nessa quinta-feira 6hs da matina recebi uma ligaão de dona Katia q me falava baixinho q Gabriel tinha ido embora... na hora fiquei me perguntando.. pq eu q tinha q ser um dos primeiro a saber disso tudo, na hora q isso aconteceu liguei logo pro meu local de trabalho e avisei q iria me ausentar e expliquei a razão, como todos ja conheciam a historia, foi sem problemas. Cara ... é incrivel como em questão de dias a vida de uma pessoa tão maravilhosa se foi... lembro do pouco contato q tinha com ele, uma criança de 10 anos cheia de ideias e sonhos... lembro uma vez q ele me falou q queria ser policial qdo crecer pra matar bandido... isso ele falando com um tom de raiva e como se estivesse atirando nos bandidos, e a mae dele, sempre cortando ele qdo falava essas coisas... foram só 3 semanas, mais foi o suficiente pra mim saber q a vida é curtinha e tão importante para muitos q ainda nem viveram nada... estou muito chocado com todo esse acontecido, pois fui muito infeliz em conviver com a familia por poucos momentos.... momentos de fardo e dor... mais sei q no fundo fui uma ajuda muito grande pra amenizar um pouco a dor de seus "entes"....
estou escrevendo isso agorinha as 18hs, pois acabei de receber uma ligação de dona katia pedindo pra estar com eles no natal proximo... isso é extremente gratificante, mais ao mesmo tempo destruidor...
OBS: agredeço a familia MOURA NETO e amigos proximos da familia por ter me tratado sempre muito bem e sei q fiz meu papel, foi minimo, mais fiz... que gabriel esteja em paz onde estiver, atirando em bandidos e falando bem alto como ele sempre fazia...
att: Abraao Carrah
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
MOB 47 - ULTIMATE ATTACK
Sem sombra de duvidas, essa é uma das maiores belezuras da gloriosa suécia... junto a VARUKERS, DISCHARGE.... hardcore cu de jumento sem medo de ser feliz... essa é uma coletania q "catei' aki, com varios sons desses caras, 60 sons no total... pra quem não conhece ...baixe e escute !!!
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http://www.mediafire.com/?mdjqwztmlkg
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
.... É ISSO AIIII....
...Chegando o fim de mais um ano... caralho, e pensar q esse ano passou rapidinho em...
tenho plena conciência q não tirei proveito de naaaaaaaaadaaaa.. hehehe..... deixei muita coisa pra traz, pra poder sentir como é viver sem me preocupar com faculdades... mais trabalho.... deixei até algumas pessoas pra tráz tb ... q nunca deveria ter feito isso !!! só me trouxe problemas... mais fiz....
não foi um ano muito bom pra mim ... como não foi tb pra muita gente ... conheci pessoas diferentes com personalidades diferentes e "indoles" diferentes.... me envolvi com pessoas que nunca pensei q iriam me fazer um mal algum... e tive q descobrir essas coisinhas da pior forma q existe... me descepicionando... to no corre de voltar atráz de tudo que perdi, isso que é foda, mais com certeza vai ter um final na calmaria e serenidade.... isso eu espero.... a coisa boa disso tudo é que, me dei conta de quem realmente está ao meu lado, meus amigos e companheiros de verdade... só em momentos como estes q sentimos o quanto somos amados e que temos algum valor pra alguem . . .
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
cowboys from hell - 1990 !!!
meu dia num ta muito legal hoje não...
post dedicado a amigos... irmãos e afins !!!
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http://rapidshare.com/files/58924844/Pantera-CFH-1990.rar
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
HYPOCRISY- A TASTE OF EXTREME DIVINITY - 2009
Fiquei muito feliz quando escutei esse novo trampo do Hypocrisy, a anos q esses caras não gravam um album tão magnifico... todas as faixa são empolgantes demais da conta, e ate q enfim eles colocaram aquele batera pra tocar de verdade hehehe... acho q ultima coisa boa q eles gravaram foi o INTO THE ABYSS, no mais, o resto deixou um pouco a desejar, sou um grande fã da musica desses caras, banda muito original e intensa... musicas como "Weed Out The Weak" e "Solar Empire" nos faz perceber aquela aura ET'zistica que só o hypocrisy sabe manter nas suas canções... FODADEMAIS...!!!
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http://lix.in/-576586
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Odio Provoca Sofrimento - 2º full "Lock Up" (Hate Breeds Suffering)
... "Não...!!!! essa banda formada por caras de outras bandas conehcidas, que no momento ta sem credito no mercado... lancando porcarias... então eles vão e se reunem e fazem um "sonzinho" da moda (comercial), pra enganar os otários"!!! ..... eheheheheh
Obs: POIS FAZ IGUAL... OU MELHOR !!! .. rs
LOCKUP-HATE BREEDS SUFFERING - 2001 (Nuclear Blast Records)
1. "Feeding on the Opiate" (1:29)
2. "Castrate the Wreckage" (1:34)
3. "Violent Reprisal" (1:02)
4. "Detestation" (1:34)
5. "Retrogression" (1:45)
6. "Slaughtereous Ways" (1:41)
7. "Dead Seas Scroll Deception" (2:28)
8. "Hate Breeds Suffering" (2:14)
9. "Catharsis" (2:32)
10. "The Jesus Virus" (1:33)
11. "Broken World" (0:46)
12. "Horns of Venus" (2:00)
13. "High Tide in a Sea of Blood" (2:02)
14. "Cascade Leviathan" (2:42)
15. "Fake Somebody / Real Nobody" (2:00)
16. "The Sixth Extinction" (2:15)
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http://www.mediafire.com/?ax9jot2dtq4
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
MORGOTH - ETERNAL FALL & RESURECTION ABSURD (1990)
caralho !!! catando umas coisinhas de som no meu quarto esses dias, achei meu cdzim do Morgoth.... lembro q comprei ele a muito tempo atrás e foi o "olho da cara"!!!.... de muitos cds q passei pra frente, ele foi um dos unicos q continuou comigo... esse album é um dos meus maiores "chamegos", uma das primeiras coisas q conheci em termos de DEATH METAL . . . no meu caso, ele vem acompanhado ao EP "Resurrection Absurd". Sem nenhuma sombra de duvida... esse album mudou minha vida e meu pensamento sobre musica extrema ... e a voz do Marc Grewe, foda é saber q existem poucas bandas q fazem isso hoje em dia, UTOPIA BRUTAL DEATH METAL DE MERDA !!!
Faixa Favorita: White Gallery
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quinta-feira, 16 de julho de 2009
A ARTE DA GUERRA - Sun Tzu -
Sun Tzu, foi um profundo conhecedor das manobras militares e escreveu A ARTE DA GUERRA, ensinando estratégias de combate e táticas de guerra. Súdito do rei da província de Wu, viveu em turbulenta época dos Estados guerreiros na China, há 2.500 anos e era um filósofo-estrategista que comandou e venceu muitas batalhas. Com inteligência e argumentos muito racionais, o autor expôs a importância da obediência, disciplina, planejamento e motivação das tropas. É uma obra original e valiosa porque é considerado o mais antigo tratado de guerra e hoje parece destinada a secundar a guerra das empresas no mundo dos negócios. A lição que se tira da obra é que a primeira batalha que devemos travar é contra nós mesmos. Para atingir uma meta, o autor ensina, que é necessário agir em conjunto, conhecer o ambiente de ação, o obstáculo a ser vencido e, é claro, conhecer seus próprios pontos fortes e pontos fracos. A grande sabedoria é obter do adversário tudo o que desejar, transformando seus atos em benefícios. Em relação aos comandados, é preciso manter uma disciplina rígida, ser respeitado, ter prestígio, ser temido. Para isso é preciso agir rápido à medida que as infrações ocorram. A superioridade numérica isolada não confere vantagem, mas a determinação de um líder sim. A energia deste, será fundamental para a vitória, mas não se trata uma energia cósmica ou religiosa, e sim da vontade de agir e conseguir conquistar objetivos. Seus princípios podem ser aplicados, por indivíduos no confronto com seus oponentes, exércitos contra exércitos e empresas contra suas concorrentes. Embora não se saiba ao certo se Sun Tzu existiu ou é uma figura lendária, os escritos são de Se-Ma Ts´ien, do século I a.C. e a tradução do padre Amiot é a primeira versão que se conhece no Ocidente.
Sobre o livro: A Arte da Guerra (chines : 孫子兵法; pinyin: sūn zĭ bīng fǎ literalmente "Estratégia Militar de Sun Tzu"), é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu. O tratado é composto por treze capítulos, onde em cada capítulo é abordado um aspecto da estratégia de guerra, de modo a compor um panorama de todos os eventos e estratégias que devem ser abordados em um combate racional. Acredita-se que o livro tenha sido usado por diversos estrategistas militares através da história como Napoleão, Adolf Hitler e Mao Tse Tung. Então !!! acho q não seria justo postar um DOWNLOAD de um livro deste aqui neste blog... até porque ele não é tão descartavel quanto um MP3 qualquer... recomendado até demais... inté!!!
sábado, 27 de junho de 2009
PQP PANELADA!!!!!!!!!!!!!! aaaaaaaaaaaahhhhhhh !!!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
GADGET - THE FUNERAL MARCH - RELAPSE 2006
Com prazer da porra que posto essa referência de brutalidade... logo na primeira audição, vc fica de cara com a bela produção do album...bem, falando do som dos caras, é uma "méscla" maravilhosa de NASUM, MARDUK e muito Death Metal suéco, riff's caóticos e esmagadores ... maravilhoso!!! FUDIÇÃO ATÉ O TAAALOOOO...
http://www.myspace.com/gadgetgrindcore
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http://www.mediafire.com/?dbcwwlzx9jjdbcwwlzx9jj
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terça-feira, 2 de junho de 2009
NAPALM DEATH - TIMES WAITS FOR NO "FUCKING" SLAVE !!! 2009
Tempão sem postar porra nenhuma ... então vou dedicar este album pra todos os amantes desta banda maravilhosa... este aki é o trampo mais recente "TIMES WAITS FOR NO SLAVE" de 2009, lancado pela FETO RECORDES selo muito fooodaa, muita coisa boa... so sei q se rolar N.D. aki na minha terrinha, dou até meu 'canecu' pra ver esses machos de perto... heheheh Rumores aparte, escutem este album que é um ARREGAÇO!!!!!!!
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sexta-feira, 15 de maio de 2009
NECROPHOBIC - DEATH TO ALL 2009
ah se toda banda de black metal fosse assim !!! depois de um tempo sem postar nada, venho com essa desgraçeira aqui, que foi o que mais me atentou neste perio de tempo... banda muito foda .... death/black metal empolgante com muita cara de anos 90...o NECROPHOBIC ja tem uma grande estrada, e esse album sem sombra de duvidas é um dos melhores ... eu, pelo menos, busquei tudo sobre ela !!! essa segunda faixazinha .. mermão!!! é viciante demais esse riff de Revelations 666, muito foda mesmo... SIM!!! e tem uma galera nesta banda que ja tocou com EXHUMED, DISMEMNBER, THERION... so podia dar em coisa boa!!! hehehe
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http://www.megaupload.com/?d=YLXS5CTJ
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Descaso sem limites...
No momento em que o mundo vive uma desordem política e econômica.Onde conflitos ideológico e político marcam a globalização. O continente africano sofre com a miséria e a fome. Milhares de crianças morrem subnutridas e carentes de uma vida digna e descente. E os representantes das nações ao invés de tratarem deste problema descutem somente dinheiro símbolo de poder e arrogância entre os povos e nações. Crianças morrem vítimas do descaso, de epidemias e doenças gravíssimas como a Aids.A taxa de analfabetização caiu muito mais a vida neste continente é muito triste.Embora muitas organizaçõesse comprometam a ajudarem esta pobre nação sofre o descaso da humanidade guerras e conflitos. O drama da fome e miséria que toma conta destas pessoas é símbolo do descaso mundial....Mermão sera que a humanidade não se toca disso tudo, e ainda assistimos em nossas casas o "entusiasmo" e "preparativos" da COPA DO MUNDO de 2010... construções "faraônicas", um mundo de dinheiro sendo gasto pra uma porcaria dessa, enquanto a cada 2 minutos morrem mais de 5 pessoas vitimas de fome ou outra doença qualquer lá mesmo... vá a merda essa porra toda !!!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Colapso no oriente médio !!!
Sobre o conflito no Oriente Médio
Introdução
Face à escalada desenfreada de violência e ódio no conflito que opõe israelenses e palestinos ao longo dos últimos dezoito meses, impõe-se uma análise de origens e da evolução do conflito, dos atores intervenientes e seus objetivos e valores subjacentes.
A ofensiva militar de Israel contra os territórios e as principais cidades palestinas, justificada perante a opinião pública mundial como um esforço de destruir a “infra-estrutura” do terrorismo certamente não prima por uma visão estratégica e política capaz de conduzir a um futuro consenso, com base em um diálogo mediado por representantes das Nações Unidas e outras organizações internacionais. Apesar da resolução recente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, favorável à criação de um Estado palestino ao lado do Estado de Israel, a tragédia mortífera no Oriente Médio prossegue aparentemente sem solução à vista. O texto procura esclarecer os fatos e estimular a discussão do problema que se tornou mundial em suas implicações.
Os antecedentes históricos
Contrariamente ao senso comum, os conflitos entre judeus-israelenses e árabes-palestinos não surgiram apenas nos últimos anos, mas têm um histórico de mais de um século.
O início da colonização impulsionada pelos ideais zionistas– o retorno à terra bíblica, a volta à terra, tendo a agricultura como fonte principal de sustento e a cooperação dos produtores como base de uma sociedade mais justa – levou ondas sucessivas de “pioneiros” para a Terra Santa, desde o final do século XIX.
Naquela época, a região estava sob o domínio do sultão, dos Turcos Otomanos, esparsamente povoada por agricultores palestinos no lado ocidental, que seria posteriormente declarado como Estado de Israel, e por beduínos nômades na parte oriental, transformada pelos Ingleses no reino da Transjordânia, no final da Primeira Guerra Mundial.
Na primeira metade do século vinte, cresceu a população judaica da Palestina, em decorrência das ondas de perseguição e massacres, na Rússia Czarista e na Europa Oriental, impulsionando o movimento zionista, fundado na última década do século XIX, em Basiléia, na Suíça. Em 1917, em plena guerra mundial, a Grã-Bretanha divulgou a “Declaração Balfour” em que declarava ver com simpatia o estabelecimento de um “lar nacional” para os judeus na Palestina. Mas, concomitantemente, aumentou também a população árabe, por crescimento vegetativo e por imigração dos países vizinhos, mais pobres e economicamente mais atrasados. Ataques às colônias estabelecidas pelos pioneiros ocorreram esporadicamente, ganhando maior ímpeto e adesão em 1929, nas cercanias de Jerusalém e em 1935-36, as vésperas da Segunda Guerra Mundial, o que levou o governo britânico a editar o “livro branco”, restringindo a imigração de judeus, apesar de números crescentes de refugiados da Alemanha nazista e da Europa Central e Oriental.
Durante a Segunda Guerra, houve movimentos militares anti-britânicos no Egito e no Iraque favoráveis à Alemanha, cujas tropas estavam avançando em direção ao Canal de Suez pelo Norte da África, chegando às portas de Alexandria, e pelas estepes da União Soviética, em direção aos poços de petróleo, no Cáucaso. Reprimidas as revoltas dos oficiais egípcios e iraquianos, os ingleses passaram a apoiar-se na população judia da Palestina, em cujo território instalaram bases operacionais e amplas instalações de recondicionamento de tanques e artilharia, destroçados pelos blindados alemães do General Rommel. Ademais, criaram uma Brigada Judaica, para serviços de suporte às tropas combatentes no Norte da África.
Terminada a guerra e reveladas as dimensões apocalípticas do Holocausto, a pressão da opinião pública mundial e sobretudo, da americana, levaram a Assembléia Geral da ONU a aprovar em 1947 um plano de partilha da Palestina, em um Estado judeu e outro palestino. Convém frisar que todo o território não passava de 27.000 km2, dos quais pelo menos 1/3 se situava no deserto de Neguev. Com o fim do mandato inglês e a retirada das tropas britânicas irrompeu a guerra da independência, em que o novo Estado de Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria, Tranjordânia, Líbano, Iraque e os próprios palestinos, muitos dos quais foram induzidos a abandonar seus lares, na expectativa de um próximo retorno com a vitória dos exércitos árabes.
Assim, segundo Meron Benvenisti, historiador israeli, ....”dezenas de vilarejos, centros urbanos e 400.000 hectares de terras cultiváveis foram abandonados por seus habitantes - cerca de 600.000 – que se transformaram em refugiados, nos próprios países árabes. É esta massa de refugiados, estimados em 3 milhões espalhados nos campos do Líbano, da Jordânia e da faixa de Gaza, que constitui o problema mais espinhoso nas negociações sobre o futuro da relação entre Israel e o Estado palestino a ser criado. No fim da guerra, com o armistício imposto pelas Nações Unidas, Israel ocupava, além de sua parte, também áreas cedidas aos palestinos pelo plano da partilha. Em 1956, numa guerra relâmpago contra o Egito de Gamal A. Nasser, as tropas israelenses chegaram até o Canal de Suez, recentemente nacionalizado pelo Egito, o que provocou a reação da França e Grã-Bretanha que se juntaram à guerra ao lado de Israel. Nesse impasse, Nasser foi salvo pela intervenção diplomática conjunta dos EUA e da União Soviética que forçaram a retirada das tropas estrangeiras do território egípcio.
Em 1967, eclodiu um novo conflito, em que Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria e Jordânia, conquistando as colinas do Golan no norte, a faixa de Gaza e o deserto do Sinai do Egito e a Cisjordânia, incluindo a parte árabe de Jerusalém, da Jordânia.
Longe de aplacar os ressentimentos e desejos de vingança, a vitória na “guerra dos seis dias” deu origem a um movimento de irredentismo e ações de terrorismo por parte dos palestinos, apoiados com armas e recursos financeiros pelos países árabes, mas que não se dispuseram a acolher e integrar os refugiados. Ao contrário, em setembro de 1971 ocorreu um massacre de milhares de palestinos nos campos de refugiados, pelas tropas do rei Hussein, na Jordânia.
Novamente, em 1973, os exércitos árabes do Egito e da Síria lançaram uma ofensiva-surpresa, durante o feriado judaico de Yom Kippur. Embora inicialmente bem sucedido devido ao efeito surpresa, as tropas árabes foram derrotadas e milhares foram feitos prisioneiros de guerra.
Mas, em 1977, com a intervenção do presidente J. Carter, o governo israeli (do conservador M. Begin) iniciou conversações com o Egito, com o resultado de um acordo de paz e a devolução do Sinai.
Em 1982, sob o comando do atual primeiro ministro, o então general Ariel Sharon, as tropas israelenses invadiram o Líbano, chegando à capital Beiruth, quando a milícia cristã massacraram milhares de palestinos, sem que os israelenses interviessem para deter a fúria dos milicianos. A ocupação da parte meridional do Líbano prolongou-se até 2000, caracterizada por ataques às cidades e colônias israelenses pelas milícias Hizbollah (os soldados de Deus) até a desocupação militar do território.
Entretanto, após gestões prolongadas de diplomatas escandinavos, israelenses e palestinos iniciaram em 1993 um processo de paz que previa a retirada gradual de Israel dos territórios, em troca de reconhecimento pelos palestinos do Estado judeu. Mas enquanto prosseguiram as reuniões intermitentes, mediadas pelo presidente Clinton, os israelis (mesmo sob o governo trabalhista de I. Rabin) continuaram com a política de assentamentos na Cisjordânia e em Gaza, enquanto os palestinos não pararam sua estratégia de atentados. Em julho de 2000, o então primeiro ministro Ehud Barak avançou na oferta de devolução de até 95% dos territórios e de divisão da soberania sobre Jerusalém – um ato que quase certamente teria sido vetado pelo Parlamento – que foi rejeitado por Yasser Arafat. Em conseqüência, Barak perdeu a maioria no Parlamento, o que levou à ascensão de Sharon e da ala dos grupos mais radicais, na condução da guerra e da política israelense.
As vésperas da visita de Colin Powell ao Oriente Médio, os palestinos intensificaram os atentados suicidas a alvos civis e o exército de Israel ocupou as principais cidades da Cisjordânia, na caça aos terroristas.
Dos dois lados predominam os extremistas, o que afasta cada vez mais as chances de paz. Arafat parece ter perdido o controle dos grupos radicais, enquanto Sharon não dá sinais de ter renunciado à manutenção dos assentamentos nos territórios ocupados. Quais são então as chances de um armistício que levaria à negociação de paz? À complexidade dos problemas em jogo – assentamentos, devolução de territórios, Jerusalém, refugiados – vem acrescentar-se o peso dos atores políticos, internos e externos, que complicam ainda mais o cenário político e estratégico. A visão e ação norte-americanas expressas na doutrina de Bush, de “guerra contra o mal” embaralha o jogo, enquanto estimula e legitima a escalada militar de Israel, supostamente alinhado ao combate universal contra o terrorismo.
Os atores sociais em confronto
Quando os ingleses abandonaram seu mandato e se retiraram da Palestina, as Nações Unidas recomendaram a divisão em dois Estados, um judeu e um árabe, de acordo com a concentração demográfica das respectivas populações. Os árabes recusaram a partilha, lançando-se em uma guerra em que prometiam “jogar os judeus no mar”. No final do conflito e o cessar-fogo de 1949, a Jordânia tinha ocupado a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém e o Egito, a faixa de Gaza.
Durante os dezoito anos que se seguiram, não houve nenhuma tentativa por parte dos países árabes de integrar e assentar pelo menos parte dos refugiados palestinos, enquanto Israel recebeu entre 500-600.000 refugiados judeus, expulsos dos países árabes, desde o Maghreb até o Iraque.
A vitória relâmpago de Israel na guerra dos 6 dias não melhorou o cenário. Ao contrário, reunidos em Khartum-Sudão, os lideres árabes responderam às ofertas de paz com os “três nãos”: não reconhecimento, não negociar e não à paz com Israel.
O breve interregno aberto após a guerra de Yom Kippur em 1973, com as negociações e a conclusão da paz entre o Egito de A. Sadat e M. Begin, respectivamente presidente e primeiro-ministro, pareciam inaugurar uma nova fase nas explosivas relações entre árabes e judeus. Entretanto, uma nova Intifada prolongou o impasse entre palestinos e israelis, até o início das negociações de Oslo, em 1993.
Militarmente derrotados, os palestinos mantiveram a exigência de uma total retirada de territórios ocupados, contando com o apoio não só dos países árabes, mas também das organizações internacionais, da União Européia e dos próprios Estados Unidos.
Por mais complexa e intratável que pareça a situação, a solução mais provável a ser negociada é a criação do Estado palestino, conforme a proposta do príncipe Saudita Abdulla, em troca do reconhecimento de Israel e da normalização de suas relações diplomáticas e comerciais com todos os países árabes.
Entretanto, o quadro complicou-se no seio dos militantes palestinos, com o surgimento, no início de 2002, das Brigadas dos Mártires, de Al Aqsa, uma organização secular, cujos ativistas de base vêm de organizações locais, sem coordenação do escalão político superior. Embora reconheçam Arafat como líder nacional, negam uma relação direta entre ele e as Brigadas. Consideram a resistência armada como forma de luta para promover objetivos políticos, a partir da premissa que esta não se resumirá com os acordos de Oslo. Não compartilham com a linha dura de outros grupos (Hamas e Jihad) que querem a destruição de Israel e aceitam a participação de mulheres na luta.
A repressão “linha dura” de Sharon levou a uma aliança estratégica entre os grupos armados opostos no cenário político palestino. A investida do exército de Israel nos territórios impeliu os militantes nacionalistas (Tanzin, Brigadas dos Mártires de Al Agsa) e os extremistas islâmicos (Hamas, Jihad) a superarem suas diferenças ideológicas, atuando como uma frente comum e deixando temporariamente as disputas sobre as características do futuro Estado palestino. Enquanto o Hamas preconiza a libertação da Palestina e a criação de um Estado Islâmico, do Mediterrâneo até o rio Jordão, o Tanzim- braço armado do Fatah, partido de Arafat - quer expulsar tropas e colonos israelenses dos territórios ocupados em 1967, para criar, ao lado de Israel, um Estado laico, com capital em Jerusalém Oriental.
Entretanto, o governo e as forças armadas israelenses equivocadamente consideram como terroristas tanto os grupos nacionalistas identificados com a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e Arafat, quanto os militantes do Hamas e Jihad Islâmico, atribuindo toda a responsabilidade pelos atentados suicidas a Arafat. Diluindo-se as linhas distintivas, tornou-se difícil identificar interlocutores válidos para avançar em direção a negociações de paz, fortalecendo, ao mesmo tempo, os radicais que apóiam Sharon na caracterização de todos os palestinos, incluindo Arafat, como terroristas.
Após a invasão e destruição das cidades da Cisjordânia, Arafat e Sharon estão cada vez mais distantes de estabelecer um cessar-fogo e de entabular negociações, para chegar a um acordo de paz. Arafat não cumpriu sua promessa feita no acordo de Oslo de evitar ataques de terroristas a partir de territórios controlados pela ANP- Autoridade Nacional Palestina. Mas, também Sharon falhou, não oferecendo aos palestinos qualquer perspectiva confiável de realizarem seus objetivos por meios não-violentos.
A conseqüência mais direta da “guerra” travada é o isolamento de Israel de países amigos que o apoiaram e a deterioração de seu nome e prestígio perante a opinião pública mundial.
Com todo o esforço de seu potencial militar, Sharon não foi capaz de fazer parar os ataques de guerrilhas suicidas, enquanto se destruía a tênue esperança de israelis e de palestinos, na possibilidade de um acordo justo para atender as reivindicações e expectativas dos dois povos.
Sharon e seu grupo de apoio parecem não aceitar uma questão de princípio fundamental para qualquer movimento em direção à paz. Israel deverá abandonar a maior parte dos territórios conquistados em 1967, para que possa surgir um Estado palestino viável na faixa ocidental e em Gaza.
Pior ainda, os ultra-nacionalistas – do partido Nacional Religioso – incorporados ao governo opõem-se à soberania palestina na faixa ocidental do rio Jordan e propõem uma futura emigração dos palestinos do país. Neste contexto, as propostas de Colin Powell de um avanço gradual, passo a passo em direção à paz parecem totalmente irrealistas: na verdade, um “salto” direto para sentar à mesa de negociações é ainda menos provável, tendo em vista o fosso que separa Sharon e Arafat.
Uma alternativa de superar o gradualismo, por mais distante que possa parecer, seria a constituição de uma força de segurança internacional encarregada da imposição da Resolução 242 de 1967 composta pela União Européia, EUA, Rússia e as Nações Unidas.
A visita de Colin Powell teve entre seus objetivos oferecer a Arafat a “última chance” de declarar um armistício e de deter as milícias e os ataques-suicídas.
Entretanto, ficou patente que mesmo declarando tal armistício, Arafat não teria condições de implementá-lo. Assim, também Sharon afirma procurar estabelecer um processo político “sem Arafat”, considerado chefe do terror. Na espera de surgimento de uma liderança palestina “responsável”, as tropas permanecem, apesar das promessas feitas a G.W. Bush, agravando o impasse.
Os últimos remanejamentos na Knesset – o parlamento israeli – com a incorporação ao bloco governista do grupo ultranacionalista de E. Eitan, a possível adesão do partido Gesher (D. Levy) e, posteriormente, da União Nacional – Pátria Israel dirigida por A.Lieberman, um imigrante russo, claramente prenunciam o endurecimento do governo, com a possível saída dos Trabalhistas (Shimon Peres – Relações Exteriores e Benjamin Ben Eliezer – Defesa).
Aonde vamos?
Mesmo no caso hipotético de um cessar-fogo, as negociações sobre a desocupação do território da margem ocidental, com o desmantelamento dos assentamentos, a divisão de Jerusalém e, sobretudo, a questão do retorno dos refugiados, enfrentarão obstáculos praticamente insuperáveis.
Concomitantemente, cresce a onda de protestos no mundo árabe, levando milhares às ruas marchando, gritando palavras de ordem contra Israel e os EUA. Esses movimentos são dificilmente controlados pelos respectivos governos, criticados por sua passividade, enquanto aumenta diariamente o número de voluntários dos grupos radicais palestinos e árabes em geral.
Não se pode ignorar que a revolta dos palestinos mobilizou quase toda a população dos territórios, potencializando o exército de “mártires” dispostos ao sacrifício de suas vidas.
Também, não é possível esquecer que a política de ocupação sistemática dos territórios por assentamentos iniciou-se nos sucessivos governos trabalhistas nos anos 60, recebendo forte impulso com a ascensão ao poder do Likud, em 1977.
Israel voltou a ser paria no cenário internacional, perdendo não somente a simpatia de países amigos, mas recebendo ameaças de sanções econômicas da União Européia – seu maior parceiro comercial.
Importa afirmar publicamente a necessidade de entregar os territórios, evacuar os assentamentos e devolver a parte oriental de Jerusalém. O ponto mais controvertido – a volta dos refugiados – deverá ficar para negociações posteriores, com a participação dos países árabes, os EUA e organizações internacionais.
Se, apesar de todos os esforços, a posição dos palestinos permanecer irredutível, enquanto ocorra um endurecimento da posição dos israelis, cada vez mais na dependência de apoio dos ultra-radicais, a situação da região do Oriente Médio se tornará insustentável – um beco sem saída, com profundas implicações para o equilíbrio geopolítico e a estratégia da superpotência que pretende lançar-se, após a guerra “vitoriosa” no Afeganistão, em nova aventura contra o Iraque.
A situação é tão desesperadora que os líderes da oposição israelense chegaram a propor algo inimaginável até há pouco tempo atrás: a criação, à semelhança de que foi feito nos Bálcãs nos anos 90, de um protetorado internacional para os territórios ocupados, para restaurar a calma, até a definição final de seu status e futuro.
Isto exigiria uma retirada das tropas israelis para convencer os palestinos da seriedade do processo, enquanto daria aos israelis o sentimento de segurança tão almejado.
Por enquanto, as duas lideranças não parecem inclinadas a aceitar tal proposta – os israelis alegam que tal movimento significaria uma vitória dos “terroristas”, enquanto os palestinos afirmam que seria uma derrota da luta pela independência.
Mas, independentemente da aceitação por israelis e palestinos, quem fornecerá as tropas para tal iniciativa?
Uma análise lúcida do conflito é apresentada por Amos Óz, escritor israelense bastante conhecido no Ocidente. (ver “Travamos duas guerras”, em Folha de S.Paulo, 07 de abril de 2002). Óz faz a distinção entre a luta de palestinos para libertar-se da ocupação e construir um Estado, independente. A outra guerra – a do islã fanático da Jihad, do Hamas e outros grupos terroristas – pretende destruir Israel e expulsar os judeus de sua terra. Segundo Óz, Arafat está travando as duas guerras simultaneamente, como se fossem uma só. Os seus guerreiros e “mártires” não fazem nenhuma distinção entre as duas, atacando indistintamente, militares e civis. Do lado de Israel, também prevalece o argumento simplista que permitiria a seus soldados reprimir todos os palestinos, pelo fato da “Jihad” islâmica total ser conduzida contra seus cidadãos. Óz também propõe a retirada dos territórios para afastar-se do controle de uma população hostil.
Somente com o fim da Jihad seria possível sentar-se à mesa das negociações da paz; caso contrário, Israel não teria outra saída do que lutar por sua sobrevivência, até o fim, com todas as possíveis implicações para o precário equilíbrio no Oriente Médio e no mundo atual.
HENRIQUE RATTNER
http://www.espacoacademico.com.br/012/12col_rattner.htm
OBS: Matéria massa que me atentou muito e tirou muitas duvidas que tinha sobre tudo isso... vou repassando então....
Postado ao som de Bad Religion- The Gray Race: Pity the Dead.
Introdução
Face à escalada desenfreada de violência e ódio no conflito que opõe israelenses e palestinos ao longo dos últimos dezoito meses, impõe-se uma análise de origens e da evolução do conflito, dos atores intervenientes e seus objetivos e valores subjacentes.
A ofensiva militar de Israel contra os territórios e as principais cidades palestinas, justificada perante a opinião pública mundial como um esforço de destruir a “infra-estrutura” do terrorismo certamente não prima por uma visão estratégica e política capaz de conduzir a um futuro consenso, com base em um diálogo mediado por representantes das Nações Unidas e outras organizações internacionais. Apesar da resolução recente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, favorável à criação de um Estado palestino ao lado do Estado de Israel, a tragédia mortífera no Oriente Médio prossegue aparentemente sem solução à vista. O texto procura esclarecer os fatos e estimular a discussão do problema que se tornou mundial em suas implicações.
Os antecedentes históricos
Contrariamente ao senso comum, os conflitos entre judeus-israelenses e árabes-palestinos não surgiram apenas nos últimos anos, mas têm um histórico de mais de um século.
O início da colonização impulsionada pelos ideais zionistas– o retorno à terra bíblica, a volta à terra, tendo a agricultura como fonte principal de sustento e a cooperação dos produtores como base de uma sociedade mais justa – levou ondas sucessivas de “pioneiros” para a Terra Santa, desde o final do século XIX.
Naquela época, a região estava sob o domínio do sultão, dos Turcos Otomanos, esparsamente povoada por agricultores palestinos no lado ocidental, que seria posteriormente declarado como Estado de Israel, e por beduínos nômades na parte oriental, transformada pelos Ingleses no reino da Transjordânia, no final da Primeira Guerra Mundial.
Na primeira metade do século vinte, cresceu a população judaica da Palestina, em decorrência das ondas de perseguição e massacres, na Rússia Czarista e na Europa Oriental, impulsionando o movimento zionista, fundado na última década do século XIX, em Basiléia, na Suíça. Em 1917, em plena guerra mundial, a Grã-Bretanha divulgou a “Declaração Balfour” em que declarava ver com simpatia o estabelecimento de um “lar nacional” para os judeus na Palestina. Mas, concomitantemente, aumentou também a população árabe, por crescimento vegetativo e por imigração dos países vizinhos, mais pobres e economicamente mais atrasados. Ataques às colônias estabelecidas pelos pioneiros ocorreram esporadicamente, ganhando maior ímpeto e adesão em 1929, nas cercanias de Jerusalém e em 1935-36, as vésperas da Segunda Guerra Mundial, o que levou o governo britânico a editar o “livro branco”, restringindo a imigração de judeus, apesar de números crescentes de refugiados da Alemanha nazista e da Europa Central e Oriental.
Durante a Segunda Guerra, houve movimentos militares anti-britânicos no Egito e no Iraque favoráveis à Alemanha, cujas tropas estavam avançando em direção ao Canal de Suez pelo Norte da África, chegando às portas de Alexandria, e pelas estepes da União Soviética, em direção aos poços de petróleo, no Cáucaso. Reprimidas as revoltas dos oficiais egípcios e iraquianos, os ingleses passaram a apoiar-se na população judia da Palestina, em cujo território instalaram bases operacionais e amplas instalações de recondicionamento de tanques e artilharia, destroçados pelos blindados alemães do General Rommel. Ademais, criaram uma Brigada Judaica, para serviços de suporte às tropas combatentes no Norte da África.
Terminada a guerra e reveladas as dimensões apocalípticas do Holocausto, a pressão da opinião pública mundial e sobretudo, da americana, levaram a Assembléia Geral da ONU a aprovar em 1947 um plano de partilha da Palestina, em um Estado judeu e outro palestino. Convém frisar que todo o território não passava de 27.000 km2, dos quais pelo menos 1/3 se situava no deserto de Neguev. Com o fim do mandato inglês e a retirada das tropas britânicas irrompeu a guerra da independência, em que o novo Estado de Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria, Tranjordânia, Líbano, Iraque e os próprios palestinos, muitos dos quais foram induzidos a abandonar seus lares, na expectativa de um próximo retorno com a vitória dos exércitos árabes.
Assim, segundo Meron Benvenisti, historiador israeli, ....”dezenas de vilarejos, centros urbanos e 400.000 hectares de terras cultiváveis foram abandonados por seus habitantes - cerca de 600.000 – que se transformaram em refugiados, nos próprios países árabes. É esta massa de refugiados, estimados em 3 milhões espalhados nos campos do Líbano, da Jordânia e da faixa de Gaza, que constitui o problema mais espinhoso nas negociações sobre o futuro da relação entre Israel e o Estado palestino a ser criado. No fim da guerra, com o armistício imposto pelas Nações Unidas, Israel ocupava, além de sua parte, também áreas cedidas aos palestinos pelo plano da partilha. Em 1956, numa guerra relâmpago contra o Egito de Gamal A. Nasser, as tropas israelenses chegaram até o Canal de Suez, recentemente nacionalizado pelo Egito, o que provocou a reação da França e Grã-Bretanha que se juntaram à guerra ao lado de Israel. Nesse impasse, Nasser foi salvo pela intervenção diplomática conjunta dos EUA e da União Soviética que forçaram a retirada das tropas estrangeiras do território egípcio.
Em 1967, eclodiu um novo conflito, em que Israel enfrentou os exércitos do Egito, Síria e Jordânia, conquistando as colinas do Golan no norte, a faixa de Gaza e o deserto do Sinai do Egito e a Cisjordânia, incluindo a parte árabe de Jerusalém, da Jordânia.
Longe de aplacar os ressentimentos e desejos de vingança, a vitória na “guerra dos seis dias” deu origem a um movimento de irredentismo e ações de terrorismo por parte dos palestinos, apoiados com armas e recursos financeiros pelos países árabes, mas que não se dispuseram a acolher e integrar os refugiados. Ao contrário, em setembro de 1971 ocorreu um massacre de milhares de palestinos nos campos de refugiados, pelas tropas do rei Hussein, na Jordânia.
Novamente, em 1973, os exércitos árabes do Egito e da Síria lançaram uma ofensiva-surpresa, durante o feriado judaico de Yom Kippur. Embora inicialmente bem sucedido devido ao efeito surpresa, as tropas árabes foram derrotadas e milhares foram feitos prisioneiros de guerra.
Mas, em 1977, com a intervenção do presidente J. Carter, o governo israeli (do conservador M. Begin) iniciou conversações com o Egito, com o resultado de um acordo de paz e a devolução do Sinai.
Em 1982, sob o comando do atual primeiro ministro, o então general Ariel Sharon, as tropas israelenses invadiram o Líbano, chegando à capital Beiruth, quando a milícia cristã massacraram milhares de palestinos, sem que os israelenses interviessem para deter a fúria dos milicianos. A ocupação da parte meridional do Líbano prolongou-se até 2000, caracterizada por ataques às cidades e colônias israelenses pelas milícias Hizbollah (os soldados de Deus) até a desocupação militar do território.
Entretanto, após gestões prolongadas de diplomatas escandinavos, israelenses e palestinos iniciaram em 1993 um processo de paz que previa a retirada gradual de Israel dos territórios, em troca de reconhecimento pelos palestinos do Estado judeu. Mas enquanto prosseguiram as reuniões intermitentes, mediadas pelo presidente Clinton, os israelis (mesmo sob o governo trabalhista de I. Rabin) continuaram com a política de assentamentos na Cisjordânia e em Gaza, enquanto os palestinos não pararam sua estratégia de atentados. Em julho de 2000, o então primeiro ministro Ehud Barak avançou na oferta de devolução de até 95% dos territórios e de divisão da soberania sobre Jerusalém – um ato que quase certamente teria sido vetado pelo Parlamento – que foi rejeitado por Yasser Arafat. Em conseqüência, Barak perdeu a maioria no Parlamento, o que levou à ascensão de Sharon e da ala dos grupos mais radicais, na condução da guerra e da política israelense.
As vésperas da visita de Colin Powell ao Oriente Médio, os palestinos intensificaram os atentados suicidas a alvos civis e o exército de Israel ocupou as principais cidades da Cisjordânia, na caça aos terroristas.
Dos dois lados predominam os extremistas, o que afasta cada vez mais as chances de paz. Arafat parece ter perdido o controle dos grupos radicais, enquanto Sharon não dá sinais de ter renunciado à manutenção dos assentamentos nos territórios ocupados. Quais são então as chances de um armistício que levaria à negociação de paz? À complexidade dos problemas em jogo – assentamentos, devolução de territórios, Jerusalém, refugiados – vem acrescentar-se o peso dos atores políticos, internos e externos, que complicam ainda mais o cenário político e estratégico. A visão e ação norte-americanas expressas na doutrina de Bush, de “guerra contra o mal” embaralha o jogo, enquanto estimula e legitima a escalada militar de Israel, supostamente alinhado ao combate universal contra o terrorismo.
Os atores sociais em confronto
Quando os ingleses abandonaram seu mandato e se retiraram da Palestina, as Nações Unidas recomendaram a divisão em dois Estados, um judeu e um árabe, de acordo com a concentração demográfica das respectivas populações. Os árabes recusaram a partilha, lançando-se em uma guerra em que prometiam “jogar os judeus no mar”. No final do conflito e o cessar-fogo de 1949, a Jordânia tinha ocupado a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém e o Egito, a faixa de Gaza.
Durante os dezoito anos que se seguiram, não houve nenhuma tentativa por parte dos países árabes de integrar e assentar pelo menos parte dos refugiados palestinos, enquanto Israel recebeu entre 500-600.000 refugiados judeus, expulsos dos países árabes, desde o Maghreb até o Iraque.
A vitória relâmpago de Israel na guerra dos 6 dias não melhorou o cenário. Ao contrário, reunidos em Khartum-Sudão, os lideres árabes responderam às ofertas de paz com os “três nãos”: não reconhecimento, não negociar e não à paz com Israel.
O breve interregno aberto após a guerra de Yom Kippur em 1973, com as negociações e a conclusão da paz entre o Egito de A. Sadat e M. Begin, respectivamente presidente e primeiro-ministro, pareciam inaugurar uma nova fase nas explosivas relações entre árabes e judeus. Entretanto, uma nova Intifada prolongou o impasse entre palestinos e israelis, até o início das negociações de Oslo, em 1993.
Militarmente derrotados, os palestinos mantiveram a exigência de uma total retirada de territórios ocupados, contando com o apoio não só dos países árabes, mas também das organizações internacionais, da União Européia e dos próprios Estados Unidos.
Por mais complexa e intratável que pareça a situação, a solução mais provável a ser negociada é a criação do Estado palestino, conforme a proposta do príncipe Saudita Abdulla, em troca do reconhecimento de Israel e da normalização de suas relações diplomáticas e comerciais com todos os países árabes.
Entretanto, o quadro complicou-se no seio dos militantes palestinos, com o surgimento, no início de 2002, das Brigadas dos Mártires, de Al Aqsa, uma organização secular, cujos ativistas de base vêm de organizações locais, sem coordenação do escalão político superior. Embora reconheçam Arafat como líder nacional, negam uma relação direta entre ele e as Brigadas. Consideram a resistência armada como forma de luta para promover objetivos políticos, a partir da premissa que esta não se resumirá com os acordos de Oslo. Não compartilham com a linha dura de outros grupos (Hamas e Jihad) que querem a destruição de Israel e aceitam a participação de mulheres na luta.
A repressão “linha dura” de Sharon levou a uma aliança estratégica entre os grupos armados opostos no cenário político palestino. A investida do exército de Israel nos territórios impeliu os militantes nacionalistas (Tanzin, Brigadas dos Mártires de Al Agsa) e os extremistas islâmicos (Hamas, Jihad) a superarem suas diferenças ideológicas, atuando como uma frente comum e deixando temporariamente as disputas sobre as características do futuro Estado palestino. Enquanto o Hamas preconiza a libertação da Palestina e a criação de um Estado Islâmico, do Mediterrâneo até o rio Jordão, o Tanzim- braço armado do Fatah, partido de Arafat - quer expulsar tropas e colonos israelenses dos territórios ocupados em 1967, para criar, ao lado de Israel, um Estado laico, com capital em Jerusalém Oriental.
Entretanto, o governo e as forças armadas israelenses equivocadamente consideram como terroristas tanto os grupos nacionalistas identificados com a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e Arafat, quanto os militantes do Hamas e Jihad Islâmico, atribuindo toda a responsabilidade pelos atentados suicidas a Arafat. Diluindo-se as linhas distintivas, tornou-se difícil identificar interlocutores válidos para avançar em direção a negociações de paz, fortalecendo, ao mesmo tempo, os radicais que apóiam Sharon na caracterização de todos os palestinos, incluindo Arafat, como terroristas.
Após a invasão e destruição das cidades da Cisjordânia, Arafat e Sharon estão cada vez mais distantes de estabelecer um cessar-fogo e de entabular negociações, para chegar a um acordo de paz. Arafat não cumpriu sua promessa feita no acordo de Oslo de evitar ataques de terroristas a partir de territórios controlados pela ANP- Autoridade Nacional Palestina. Mas, também Sharon falhou, não oferecendo aos palestinos qualquer perspectiva confiável de realizarem seus objetivos por meios não-violentos.
A conseqüência mais direta da “guerra” travada é o isolamento de Israel de países amigos que o apoiaram e a deterioração de seu nome e prestígio perante a opinião pública mundial.
Com todo o esforço de seu potencial militar, Sharon não foi capaz de fazer parar os ataques de guerrilhas suicidas, enquanto se destruía a tênue esperança de israelis e de palestinos, na possibilidade de um acordo justo para atender as reivindicações e expectativas dos dois povos.
Sharon e seu grupo de apoio parecem não aceitar uma questão de princípio fundamental para qualquer movimento em direção à paz. Israel deverá abandonar a maior parte dos territórios conquistados em 1967, para que possa surgir um Estado palestino viável na faixa ocidental e em Gaza.
Pior ainda, os ultra-nacionalistas – do partido Nacional Religioso – incorporados ao governo opõem-se à soberania palestina na faixa ocidental do rio Jordan e propõem uma futura emigração dos palestinos do país. Neste contexto, as propostas de Colin Powell de um avanço gradual, passo a passo em direção à paz parecem totalmente irrealistas: na verdade, um “salto” direto para sentar à mesa de negociações é ainda menos provável, tendo em vista o fosso que separa Sharon e Arafat.
Uma alternativa de superar o gradualismo, por mais distante que possa parecer, seria a constituição de uma força de segurança internacional encarregada da imposição da Resolução 242 de 1967 composta pela União Européia, EUA, Rússia e as Nações Unidas.
A visita de Colin Powell teve entre seus objetivos oferecer a Arafat a “última chance” de declarar um armistício e de deter as milícias e os ataques-suicídas.
Entretanto, ficou patente que mesmo declarando tal armistício, Arafat não teria condições de implementá-lo. Assim, também Sharon afirma procurar estabelecer um processo político “sem Arafat”, considerado chefe do terror. Na espera de surgimento de uma liderança palestina “responsável”, as tropas permanecem, apesar das promessas feitas a G.W. Bush, agravando o impasse.
Os últimos remanejamentos na Knesset – o parlamento israeli – com a incorporação ao bloco governista do grupo ultranacionalista de E. Eitan, a possível adesão do partido Gesher (D. Levy) e, posteriormente, da União Nacional – Pátria Israel dirigida por A.Lieberman, um imigrante russo, claramente prenunciam o endurecimento do governo, com a possível saída dos Trabalhistas (Shimon Peres – Relações Exteriores e Benjamin Ben Eliezer – Defesa).
Aonde vamos?
Mesmo no caso hipotético de um cessar-fogo, as negociações sobre a desocupação do território da margem ocidental, com o desmantelamento dos assentamentos, a divisão de Jerusalém e, sobretudo, a questão do retorno dos refugiados, enfrentarão obstáculos praticamente insuperáveis.
Concomitantemente, cresce a onda de protestos no mundo árabe, levando milhares às ruas marchando, gritando palavras de ordem contra Israel e os EUA. Esses movimentos são dificilmente controlados pelos respectivos governos, criticados por sua passividade, enquanto aumenta diariamente o número de voluntários dos grupos radicais palestinos e árabes em geral.
Não se pode ignorar que a revolta dos palestinos mobilizou quase toda a população dos territórios, potencializando o exército de “mártires” dispostos ao sacrifício de suas vidas.
Também, não é possível esquecer que a política de ocupação sistemática dos territórios por assentamentos iniciou-se nos sucessivos governos trabalhistas nos anos 60, recebendo forte impulso com a ascensão ao poder do Likud, em 1977.
Israel voltou a ser paria no cenário internacional, perdendo não somente a simpatia de países amigos, mas recebendo ameaças de sanções econômicas da União Européia – seu maior parceiro comercial.
Importa afirmar publicamente a necessidade de entregar os territórios, evacuar os assentamentos e devolver a parte oriental de Jerusalém. O ponto mais controvertido – a volta dos refugiados – deverá ficar para negociações posteriores, com a participação dos países árabes, os EUA e organizações internacionais.
Se, apesar de todos os esforços, a posição dos palestinos permanecer irredutível, enquanto ocorra um endurecimento da posição dos israelis, cada vez mais na dependência de apoio dos ultra-radicais, a situação da região do Oriente Médio se tornará insustentável – um beco sem saída, com profundas implicações para o equilíbrio geopolítico e a estratégia da superpotência que pretende lançar-se, após a guerra “vitoriosa” no Afeganistão, em nova aventura contra o Iraque.
A situação é tão desesperadora que os líderes da oposição israelense chegaram a propor algo inimaginável até há pouco tempo atrás: a criação, à semelhança de que foi feito nos Bálcãs nos anos 90, de um protetorado internacional para os territórios ocupados, para restaurar a calma, até a definição final de seu status e futuro.
Isto exigiria uma retirada das tropas israelis para convencer os palestinos da seriedade do processo, enquanto daria aos israelis o sentimento de segurança tão almejado.
Por enquanto, as duas lideranças não parecem inclinadas a aceitar tal proposta – os israelis alegam que tal movimento significaria uma vitória dos “terroristas”, enquanto os palestinos afirmam que seria uma derrota da luta pela independência.
Mas, independentemente da aceitação por israelis e palestinos, quem fornecerá as tropas para tal iniciativa?
Uma análise lúcida do conflito é apresentada por Amos Óz, escritor israelense bastante conhecido no Ocidente. (ver “Travamos duas guerras”, em Folha de S.Paulo, 07 de abril de 2002). Óz faz a distinção entre a luta de palestinos para libertar-se da ocupação e construir um Estado, independente. A outra guerra – a do islã fanático da Jihad, do Hamas e outros grupos terroristas – pretende destruir Israel e expulsar os judeus de sua terra. Segundo Óz, Arafat está travando as duas guerras simultaneamente, como se fossem uma só. Os seus guerreiros e “mártires” não fazem nenhuma distinção entre as duas, atacando indistintamente, militares e civis. Do lado de Israel, também prevalece o argumento simplista que permitiria a seus soldados reprimir todos os palestinos, pelo fato da “Jihad” islâmica total ser conduzida contra seus cidadãos. Óz também propõe a retirada dos territórios para afastar-se do controle de uma população hostil.
Somente com o fim da Jihad seria possível sentar-se à mesa das negociações da paz; caso contrário, Israel não teria outra saída do que lutar por sua sobrevivência, até o fim, com todas as possíveis implicações para o precário equilíbrio no Oriente Médio e no mundo atual.
HENRIQUE RATTNER
http://www.espacoacademico.com.br/012/12col_rattner.htm
OBS: Matéria massa que me atentou muito e tirou muitas duvidas que tinha sobre tudo isso... vou repassando então....
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